Oswaldo Cruz

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Ernesto Che Guevara de la Sierna

Ernesto Che Guevara de la Sierna

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Estimados amigos, ajude-nos nesta batalha...



Estimados amigos, ajude-nos nesta batalha...
Por: Pedro Ursulino dos Santos Neto
Estudante de Medicina 5° ano
Universidade de Ciências Medicas de Havana- Cuba


Vocês que estão ai no Brasil e acompanham as noticias pelos meios oficiais de comunicação, devem saber que o sistema de saúde pública, através do ministério de saúde do Brasil, motivado pelo pedido da associação de prefeitos de todo o Território Nacional (movimento “cadê o médico?”) unido ao clamor de “pessoas estacionadas em longas filas de espera” para marcar uma simples consulta ao qual é um problema que já é arrastado há muitos anos ademais de estarem desprovidas de recursos para adesão de planos privados de atenção a saúde. Ante esta situação, segundo um convênio que está sendo realizado com o governo brasileiro, a República de Cuba estará enviando a inicial cifra de seis mil médicos à nação brasileira. A maior ilha do Caribe atualmente é reconhecida a nível mundial por ter um sistema de saúde de qualidade e um rigor na formação de seus profissionais de saúde.

A Organização Mundial da Saúde em suas publicações afirmou que um sistema de saúde efetivo deve contar com um médico por cada mil habitantes, porém, sabe-se que a realidade brasileira não é assim como ansiamos, os verdadeiros profissionais da saúde.

A atitude do ministério da saúde apoiado pela presidenta Dilma e setores progressistas do Governo brasileiro nos últimos dias, fez com que opiniões contrárias fossem levantadas com verdadeira indiferença ao problema de saúde vivido pela população. Os usuários do Sistema Único de Saúde vêm sofrendo uma guerra psicológica por parte do setor reacionário e mercantilista inescrupuloso que com direito a voz e voto no conselho federal de medicina, no congresso nacional e na mídia expõem argumentos mentirosos sobre a formação dos profissionais de saúde cubanos que aguardam o seu envio para o Brasil.
Seria inaceitável que o setor progressista renunciasse esta oportunidade de enfrentar a oligarquia depredadora do Sistema Único de Saúde. “As idéias valem mais que mil armas” e será uma excelente ferramenta que terá a disposição o governo brasileiro neste momento para tratar de melhorar o problema de saúde dos pequenos municípios dos estados do Norte e Nordeste que tem suas instituições de saúde carentes de profissionais formados em medicina... Os únicos sofredores desta realidade não são os médicos brasileiros formados nas faculdades do Brasil, senão, a população que peregrina por atendimento médico.

É de extrema importância meus amigos, que vocês se atualizem sobre todas as informações relacionadas ao assunto disposta em internet, médios de comunicação como radio e TV, na formação de círculos de debates e que vejam quem são os médicos cubanos e os estudantes de medicina brasileiros que estão formando-se em Cuba sem esta visão mercantilista e vergonhosa que infelizmente está denegrindo a atitude do setor verdadeiramente progressista brasileiro.

Por favor, meus amigos, não quero que vocês sejam partidários de um governo em especifico. Pensem nas pessoas que neste exato momento sofrem por não ter um médico no seu município... Reflitam por aqueles padecem por mazelas que já não são problema de saúde em muitos países do mundo e em nosso país continuam morrendo por falta de tratamento acessível. Poderá ser um medico cubano ou formado em Cuba os colaboradores no combate as moléstias destas pessoas... Reflitam meus amigos e reclamem das autoridades uma postura humana, e dos médicos reacionários uma atitude adequada e não esta, de indiferentes corporativistas insensatos...

Sabemos que os malvados triunfam apenas quando as pessoas de boa-vontade se omitem!


(formação c{H}ub{M}ana)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Em defesa da saúde do povo brasileiro, por mais médicos no SUS.


Em defesa da saúde do povo brasileiro, por mais médicos no SUS.
                                                                                             Por: Algenir Guedes
Havana – Cuba, 07 de maio de 2013.

Convidamos todos os colegas estudantes e profissionais de ciências da saúde, de medicina, enfermagem, psicologia, serviço social, pedagogia, assim como professores, lideres religiosos, lideres comunitários, movimentos sociais, partidos políticos, conselhos municipais de saúde, agentes comunitários de saúde, conselheiros tutelares, secretários municipais de saúde, vereadores, prefeitos, deputados, senadores, associações de pais, grupos de jovens, classe trabalhadora, donas de casa e todos os cidadãos brasileiros a participar da campanha de apoio à inserção dos médicos graduados em outros países no Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS), pois a proposta do governo de trazer médicos de outros países para os municípios com falta de profissionais é uma vitória do povo brasileiro sem assistência médica.
Vamos apoiar a proposta do governo da chamada de médicos internacional e defender as comunidades mais carentes do serviço médico, é nosso dever lutar por esses cidadãos brasileiros que vão ao hospital ou consultório de saúde da família e são obrigados a voltar sem atendimento para suas casas por falta do profissional. Esses cidadãos, na sua maioria são das comunidades do estado do Amazonas, nordeste e periferias das grandes metrópoles do país que não tem possibilidade de acessar a internet e dar seu critério, por isso nós temos a missão de levar o debate até eles e defender o direito do acesso ao atendimento médico a todos os brasileiros.
As grandes corporações médicas e opositores políticos partidários estão financiando a mídia e grandes movimentações para passar informações mentirosas sobre o projeto da chamada internacional antes da sua publicação oficial, cuidado!
Os ataques começaram porque o Ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota divulgou que virão 6.000 médicos cubanos para trabalhar nos municípios com falta de médico, mas, muita gente não sabe que o Brasil necessita de mais de 200 mil médicos para que tenha 01 médico por cada 1.000 habitantes, ou seja, 6.000 médicos ainda é pouco comparado à necessidade de profissionais. Essa é uma medida para melhorar a saúde do povo brasileiro em curto prazo, pois em longo prazo o governo abrirá mais universidades de medicina nos interiores do Brasil, aumentará as vagas nas universidades e ampliará os investimentos na saúde pública.
Hoje, dos mais de 400 mil médicos que tem no Brasil, mais 200 mil estão na região sudeste, onde bairros da classe alta e com condomínios fechados tem quase 8 médicos por 1.000 habitantes, enquanto alguns municípios do Amazonas tem 3 médicos por 30 mil habitantes e muitos municípios na região nordeste do Brasil com falta de profissionais.
Isso porque, certamente um médico que trabalha em São Paulo e está estabilizado com 2 empregos recebendo 20 mil reais não vai querer ir para o interior do amazonas ou do nordeste receber 8 mil reais pelo SUS, nem que triplique o salário e construa um hospital luxuoso no meio da selva, vamos ser realistas. Por outro lado o médico graduado no exterior trabalhará exclusivamente nos municípios onde o médico brasileiro não quer trabalhar.
Não é nova a discussão das equipes de especialistas em saúde pública, reitores de algumas universidades brasileiras, prefeitos e governo federal que há vários anos vêm avaliando uma das maiores problemáticas da saúde publica brasileira com critérios da Organização Mundial de Saúde, Organização Pan Americana de Saúde e visitaram vários países buscando médicos de qualidade para trabalharem somente nos municípios com falta de médico, ou seja, além de não afetarem os médicos brasileiros, ajudarão a diminuir a sobrecarga hospitalar com atuação na atenção primaria de saúde.
Todos os médicos que vão para o Brasil já passarão por uma avaliação rigorosa nos seus respectivos países, porque cada país procura enviar os melhores médicos, afinal é a imagem do país que está em jogo. Em Cuba, por exemplo, é realizada uma prova de ingresso na universidade e depois de 6 anos é realizado um rigoroso exame de ordem escrito e prático para poder receber o titulo de médico, a mesma prova é aplicada tanto aos cubanos como aos estudantes estrangeiros. O critério para participação das missões de saúde internacionais é o destaque profissional e a experiência em outras missões.
Agora a campanha do povo brasileiro é para que o decreto seja assinado pela presidenta o mais rápido possível para que o projeto para contratação dos médicos graduados em outros países com medicina de qualidade comece a enviar médicos para centenas de municípios sem assistência médica, essa é a nossa defesa pela saúde do povo brasileiro.

Carta dos estudantes de medicina em cuba ao povo brasileiro.

Havana-Cuba, 14 abril de 2013.
Cidadãos e cidadãs brasileiros,
Somos 581 brasileiros e brasileiras estudantes de diversos anos do curso de medicina em Cuba e expressamos nosso ponto de vista frente aos acontecimentos recentes no Brasil no que diz respeito ao contexto de saúde e o trabalho em território nacional de médicos com títulos expedidos por universidades estrangeiras. 
Em Cuba, a Escola Latino Americana de Medicina, à qual pertencemos, tem o objetivo reitor de qualificar médicos de assistência integral para trabalhar em seus países de origem, com alta qualificação técnica e com caráter humanista, que compreende a implicação social de seu trabalho, pois somos capacitados no sistema de saúde cubano, o qual se caracteriza por sua universalidade, integralidade, internacionalismo e caráter totalmente público e estatal.
Estamos acompanhando e rejeitamos as manifestações das entidades médicas brasileiras contra uma proposta de uma política de Estado que visa suprir as necessidades de regiões que não são contempladas com uma atenção médica adequada, contrariando princípios constitucionais de todos os brasileiros. Somos testemunhas em Cuba como um Estado é capaz de oferecer saúde a toda a sua população com investimentos permanentes e vontade política de resolver os problemas de saúde de seu povo em 100% de seu território. 
Dos 5570 municípios que tem o Brasil, mais de 2500 aderiram ao projeto movimento “Cadê o Médico?”, promovido pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), no qual manifestam a necessidade de médicos em seus municípios, com a possibilidade de que profissionais graduados no exterior trabalhem em suas cidades através de um programa do governo federal que vise suprir tais demandas.
Estamos absolutamente convencidos de que temos o perfil de qualificação ético, científico e a disposição para diminuir a desigual distribuição geográfica de médicos no Brasil, onde quer que seja necessário. Até quando permanecerá a injustiça de falta de atenção à saúde em tantas cidades, existindo médicos impossibilitados de trabalhar nelas? Medidas que possibilitem nossa inclusão efetiva e integral no sistema de saúde brasileiro não resolverão o problema como um passe de mágica, mas certamente ajudarão na construção de uma nação mais saudável, livre e justa.
Por isso, necessitamos somar forças para melhorar a saúde do povo brasileiro. Contamos com seu apoio e participação. Para aderir ao movimento “Cadê o médico?” é necessário acessar a petição eletrônica no endereço http://migre.me/d8E7v e preencher o cadastro. Todas as assinaturas serão encaminhadas à presidenta Dilma Rousseff.
Carta aprovada na assembléia geral dos brasileiros estudantes de medicina em Cuba no Teatro Salvador Allende.